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Novo presidente quer retomar diálogo com o TJGO e unir a categoria

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De volta à presidência Sindicato dos Oficiais de Justiça Avaliadores do Estado de Goiás (SINDOJUS-GO), Moizés Bento dos Reis destaca, entre as metas da nova diretoria, a necessidade de reconstruir o diálogo com o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), fortalecer a atuação no interior e buscar o reconhecimento das demandas históricas dos oficiais de justiça. Confira abaixo os principais trechos da entrevista.

Qual o sentimento de retornar à presidência do SINDOJUS-GO?

Gratidão. Eu me dediquei muito à criação deste sindicato, então voltar para essa casa é algo que me emociona. Retorno com o propósito de reconstruir um diálogo construtivo com o Tribunal de Justiça e reafirmar as propostas que apresentamos durante a campanha. Agradeço à categoria pela confiança.

Há quanto tempo é oficial de justiça?

Sou oficial de justiça desde 2010. Antes disso, fui escrevente no Judiciário entre 2005 e 2010. Já vi muitas transformações, como a exigência de nível superior para ingresso e o avanço tecnológico.

Qual sua trajetória no movimento sindical?

Comecei como diretor político em 2012. Em 2015, assumimos a associação e trabalhamos pela criação do sindicato. Em 2016, conseguimos a carta sindical. Em 2017, ajudamos a fundar a federação nacional, que hoje atua em Brasília. Fico satisfeito por ter contribuído com essa trajetória.

Quais são os principais desafios da nova gestão?

São vários. Um deles é a retomada da união da categoria. Também temos desafios em nível nacional, como a luta pela preservação das atribuições dos oficiais de justiça. Precisamos garantir que a nossa profissão continue valorizada e respeitada.

Houve mudanças nas demandas da categoria desde sua última gestão?

Algumas demandas persistem. Vejo que ainda existe um certo represamento em comarcas do interior. Precisamos estar mais próximos dos colegas, ouvir suas dificuldades e construir soluções. A gestão precisa estar conectada com a realidade de quem está na ponta.

Como pretende fazer essa aproximação com os colegas do interior?

Vamos visitar todas as comarcas ainda neste semestre. A presença física nas bases é essencial para entender as especificidades de cada local e dar voz a todos os oficiais.

Quais são as prioridades para os primeiros meses de gestão?

Já conseguimos, com sensibilidade do presidente do TJ, a equiparação no auxílio-saúde entre ativos e aposentados, uma pauta importante. Agora, vamos focar na questão da progressão funcional, que está travada. O servidor trabalha até 40, 45 anos, mas com 20 anos já para de progredir. Isso precisa ser corrigido.

Que tipo de desafio a Resolução 600, do CNJ, trouxe para os oficiais?

Especialmente o perfil diverso da categoria. Temos oficiais com mais familiaridade com a tecnologia e outros com dificuldades. É um desafio geracional. Precisamos investir em capacitação, respeitando os diferentes níveis de conhecimento.

A segurança dos oficiais continua sendo uma preocupação. Qual sua visão sobre o tema?

É uma questão sensível. A atividade do oficial de justiça é de risco, e isso precisa ser reconhecido e respeitado pela sociedade. Já realizamos articulações com órgãos de segurança, mas ainda há muito a avançar. Quanto ao porte de arma, sou favorável, desde que haja capacitação adequada.

Existe um desconhecimento social sobre o papel do oficial de justiça?

Sim. Muitas pessoas ainda não entendem que o oficial está cumprindo uma ordem judicial, não um desejo pessoal. É preciso mais esclarecimento à população sobre o que é uma execução judicial e qual é o papel do oficial nesse processo.

Como o senhor vê o avanço da categoria ao longo dos anos?

Avançamos muito. Quando começamos, nem sindicato existia. Hoje temos representatividade estadual e nacional, inclusive no Congresso, por meio da federação que ajudamos a fundar. A cada gestão, houve progresso. É uma construção contínua.

Gostaria de deixar uma mensagem para os filiados?

Sim. Tivemos uma eleição democrática e participativa, o que é muito positivo. Agora é hora de unirmos a categoria, de buscar quem se afastou, de fortalecer o sindicato. Só com união teremos força para conquistar nossos objetivos. Precisamos que todos participem, principalmente nas assembleias, de forma democrática e respeitosa.

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